G𝐄𝐒𝐓Ã𝐎 𝐃𝐀 𝐌𝐄𝐃𝐈𝐀𝐓𝐄𝐂𝐀 𝐀𝐁𝐄𝐋 𝐀𝐁𝐑𝐀Ã𝐎 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄𝐆𝐔𝐄 𝐀𝐎 𝐆𝐎𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎 𝐃𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐕Í𝐍𝐂𝐈𝐀 𝐃𝐎 𝐁𝐈É
31-10-2024
Mbanza Kongo - Peritos em arqueologia retomam no princípio de 2019 as escavações no centro histórico de Mbanza Kongo, província do Zaire, inscrito na lista do património mundial da Unesco em Julho de 2017.,
A informação foi avançada hoje, sexta-feira, nesta cidade, pelo director do gabinete provincial da cultura, juventude e desportos, Biluka Nsakala Nsenga, que é também vice-presidente do Comité de Gestão Participativa do sítio, criado por decreto presidencial nº 178/15, de 28 de Setembro.
Em declarações à Angop, o responsável referiu que, apesar da inscrição, o plano de acção recomenda a continuidade dos estudos arqueológicos nos locais onde já decorreram as escavações e em outras áreas fora da zona classificada.
A área classificada engloba ruínas e espaços que se estendem por seis corredores e que abrangem uma colina de 570. A zona foi alvo de escavações arqueológicas no período entre 2011 e 2014, no âmbito deste mesmo projecto de inscrição baptizado por “Mbanza Kongo, Cidade a Desenterrar para Preservar”.
Biluka Nsakala Nsenga explicou que, neste momento, o Ministério da Cultura se desdobra em contactos com especialistas de diversos países, com destaque para Portugal, Camarões, França, entre outros peritos que integraram a equipa que participou das três primeiras fases dos referidos estudos arqueológicos.
“A data do início da nova fase das escavações dependerá, em grande medida, da agenda dos especialistas estrangeiros”, esclareceu a fonte, para quem a coordenadora científica do projecto “Mbanza Kongo”, a arqueóloga angolana Sónia da Silva Domingos, está efectuar os contactos para o efeito.
O projecto de inscrição de Mbanza Kongo na lista da UNESCO foi lançado em 2007, neta cidade, por altura da realização de uma Mesa Redonda Internacional. A inclusão na lista do património mundial desta capital do antigo Reino do Kongo foi efectivada, durante a 41ª sessão do Comité deste órgão, que decorreu na cidade de Cracóvia, Polónia.
Desde a sua elevação a património mundial, segundo o responsável da cultura no Zaire, a cidade já acolheu mais de 15 mil turistas nacionais e estrangeiros.