G𝐄𝐒𝐓Ã𝐎 𝐃𝐀 𝐌𝐄𝐃𝐈𝐀𝐓𝐄𝐂𝐀 𝐀𝐁𝐄𝐋 𝐀𝐁𝐑𝐀Ã𝐎 𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄𝐆𝐔𝐄 𝐀𝐎 𝐆𝐎𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎 𝐃𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐕Í𝐍𝐂𝐈𝐀 𝐃𝐎 𝐁𝐈É
31-10-2024
Luanda - Cidadãos dominam informações sobre o lançamento do satélite Angolano "AngoSat" lançado há pouco no espaço e dos seus benefícios económicos, mas desconhecem suas outras aplicações no domínio da navegação, bancário, segurança privada e pública, um dos grandes desafios actuais do Estado.
, Uma reportagem efectuada nesta segunda-feira pela Angop, em várias zonas de Luanda, para apurar o que os cidadãos sabem sobre o AngoSat e suas consequências na vida privada e colectiva, concluiu que a pluralidade dos entrevistados convergia no tocante à redução dos custos dos serviços de telecomunicações.
As opiniões dos entrevistados inclinavam-se muito para o facto de as comunicações serem mais rápidas e fáceis, mas numa perspectiva bem voltada para o domínio da telefonia móvel, tendo em conta as dificuldades que se enfrenta nessa esfera.
A opinião comum é de que uma vez lançado em órbita Angola já não vai realizar despesas alugando satélite e o Estado poupará dinheiro que poderá ser aplicado em áreas sociais como saúde e educação.
Em relação à utilização dos serviços do AngoSat na navegação, apenas uma interlocutora, a jovem Denise Silva – técnica aduaneira, avançou sua opinião, afirmando que nos domínios da aviação e marítimo os meios serão facilmente orientados e localizados, assim como se evitarão acidentes e desaparecimentos.
Quanto à segurança pública, a jovem disse que o satélite pode ajudar muito a Polícia Nacional no combate aos crimes através da localização e identificação dos de pessoas e bens.
No ramo bancário, a importância do satélite foi igualmente realçada pelo economista e trabalhador bancário, João Sebastião. Em sua opinião as comunicações intra e extra banco serão mais rápidos.
Disse também que com o AngoSat, os bancos angolanos terão a possibilidade de prestar outros serviços que nessa altura não são possíveis.
João Sebastião sublinhou também que os bancos já não poderão se queixar da falta de sistema, pois as comunicações serão eficientes.
O médico Belo António foi igualmente um dos interlocutores que debitou seus conhecimentos sobre os benefícios dos satélites. O técnico disse, por exemplo, que com o satélite angolano será possível fazer uma cirurgia, consulta e prescrição médica à distância, fazendo recurso à telemedicina
Os benefícios que se esperam com o AngoSat atravessam também o ramo militar. Nesta óptica, o chefe do estado-maior general, Geraldo Sachipengo Nunda, considerou que vai multiplicar as capacidades de comunicação das empresas e instituições e dos angolanos.
O AngoSat vai permitir o fornecimento de mais serviços de televisão, de dados de e de voz.
A entrada em órbita do Angosat1 aconteceu hoje perto das 20 horas, uma hora de atraso do previsto, depois de concluída a fase de integração do satélite angolano ao módulo lançador. O lançamento será feito por meio do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.
O Angosat, construído na Rússia, com mil e 55 quilogramas dos quais apenas 262.4 são de carga útil, ficará na posição orbital 14.5 E e terá uma potência de três mil 753 W, na banda CKu, com 16C+6Ku repetidores.
Como satélite geoestacionário artificial, o Angosat estará localizado a 36 mil quilómetros acima do nível do mar, cuja velocidade coincidirá com a da rotação da terra e conseguirá cobrir um terço do globo terrestre.
O centro de controlo e missão de satélites do Angosat1 encontra-se na comuna da Funda, norte da província de Luanda. O satélite angolano vai possuir um centro primário de controlo e missão em Angola e outro secundário na Rússia, em Korolev. Este é um dos sete projectos do Programa Espacial nacional e terá 15 anos de "vida útil".
A reportagem da Angop abordou cidadãos dos variados estratos sociais, entre os quais, tesoureiros, técnicos ligados ao ramos da telecomunicações, vendedores ambulantes, especialistas de segurança, estudantes, gestores e executivos